segunda-feira, 8 de abril de 2019

O Sítio Antes das Cores: TV Tupi

O Sítio já vem encantando gerações até mesmo antes da Rede Globo, ou vai me dizer que você não sabia que o Sítio já teve versão na Bandeirantes e na TV Cultura? Se não sabia, você está no lugar certo, pois iremos te contar tim-tim por tim-tim dessas versões antes das cores do Sítio que vem lá de 1952 da extinta TV Tupi. O post será dividido em duas partes: Primeira parte será Tupi, e segunda parte Cultura e Bandeirantes.

Aos amantes dessa versão, que assim como eu se encantam e contentam com fotos maravilhosas vindo direto daquele tempo, fiquem a vontade, pois estaremos falando da mesma língua.
Texto: Luis Henrique / Argumentação a acervo: Jefferson Cândido

A primeira versão televisionada do sítio nasceu dos mestres da TV Brasileira: Júlio Gouveia e Tatiana Belinky, e tudo começou quando Júlio foi convidado pela TV Tupi para levar suas peças infantis para a televisão, que logo após o convite já teve a ideia de adaptar as histórias de Lobato.

Antes de ser um programa de televisão, o Sítio estreou como um especial com a história "A Pílula Falante" , baseado em um dos capítulos do livro "Reinações de Narizinho". Então, no dia  10 de janeiro de 1952 nascia a primeira adaptação para a televisão do Sítio do Pica-Pau Amarelo, que foi gravado no programa Teatro Escola de São Paulo (TESP) um teleteatro para o público infantil. 

O Sítio deu tão certo na TV que a Tupi quis produzir um seriado da trama. Lembrando que estamos falando de um tempo que ler um livro era ainda uma alternativa para quando não havia nada para fazer (hoje em dia é menos comum), então para as crianças habituadas em ler a obra de Lobato, ver toda aquela magia sair dos livros e ir direto para a TV era coisa de outro mundo.
Fotos do primeiro programa na Tupi
Para a adaptação dos roteiros, Tatiana foi quem ficou encarregada, e então no dia 3 de Junho de 1952 estreou o seriado "Sítio do Picapau Amarelo" na Tupi. Cada episódio tinha média de 45 minutos e ia ao ar ás quintas-feiras. O seriado era todo transmitido ao vivo. O sucesso era estrondoso e duvido que tivesse uma alma viva longe da TV quando começava o Sítio. O programava se iniciava com Júlio abrindo um livro para contar uma história, e fechava o mesmo ao terminar. 

Os cenários do programa variavam muito de qual história estava acontecendo, esses quais eram montados na hora. Apenas o da varanda do Sítio era um cenário fixo (e também onde acontecia a maioria das cenas). 

Efeitos especiais na época poderia ser traduzido pelo termo "Se virar", não haviam muitos recursos e então eles tinham que adaptar da maneira que desse. Por exemplo: Para o Reino das Águas Claras, Tatiana Belinky, levou de casa o seu aquário e posicionou em frente as câmeras, para dar impressão de que estavam realmente de baixo d'água, logo após o termino do episódio, ligaram loucamente para a produção, pois queriam saber como tinham colocado os atores dentro da água.


Com tanto sucesso, foram surgindo os patrocinadores, lembrando que a série foi o primeiro programa a utilizar a técnica do merchandising na TV brasileira. Como não existia uma pausa nas histórias, digo, não havia comerciais, durante o programa eram introduzidas as divulgações dos produtos. 

Um deles era o "Complexo Puritas", uma espécie de achocolatado (como se fosse um Toddy ou Nescau de hoje), e ai quando iam divulgar o produto, as crianças apareciam na cozinha tomando o tal achocolatado. Uma vez, alguém da produção por algum motivo (marketeiros puros!), colocou sal na jarra do Puritas e quando os atores foram tomar o leite com achocolatado, tomaram todos um baita de um susto e cuspiram o produto do patrocino AO VIVO, e se engana quem pensa que isso atrapalhou o produto, até porque a fábrica do achocolatado teve que suspender o patrocínio por não conseguir dar conta de tantos pedidos que estavam recebendo.

Outro patrocínio do seriado era os sorvetes "Kibom", que dava de brinde para quem comprava os produtos um postal com uma foto de Lúcia Lambertini como Emilia autografada.

Foto do postal que ganhava quando comprava os sorvetes Kibom
Em 1955 o Sítio que era transmitido pela Tupi de São Paulo, foi levado também para o Rio de Janeiro, durando 4anos no ar com a direção de Mauricio Sherman (o mesmo que descobriu a Xuxa como apresentadora infantil) e produzido por Lucia Lambertini (que também fazia a Emília), que juntamente com Daniel Filho e Zeni Pereira faziam o Sítio pelas bandas de lá.

Uma curiosidade é que Zeni, que fez uma das Tia Nastacia, mais tarde fez participação no filme de 1974 O Picapau Amarelo, era realmente empregada da família Lobato (e foi indicada pelos mesmos).

O Sítio da Tupi teve troca de atores constantemente enquanto permaneceu no ar. Emília foi interpretada por duas atrizes (Lúcia Lambertini e Dulce Margarida ), Narizinho também (Lidia Rosemberg e Edi Cerri ), já o Visconde teve três atores (Rúbens Molino, Luciano Maurício e Hernê Lebon), Pedrinho foi feito por três atores também (Sérgio Rosemberg, Julinho Simões e David José), Dona Benta foi a que mais teve intérpretes, ao todo quatro (Sydnéia Rossi, Wanda A. Hammel, Suzy Arruda e Leonor Pacheco) e Tia Anastácia também  teve duas intérpretes (Benedita Rodrigues e Zeni Pereira). 

Durante o programa foram lançados alguns produtos que levam o nome da trama: Um disco com dois episódios e até algumas versões de bonecas inspiradas em Lúcia Lambertini. O Sítio da Tupi durou de 1952 até 1962 com um total de 360 episódios, e terminou por que a Lucia Lambertini queria fazer outros trabalhos, e tinha sido contratada pela TV Cultura dos Associados, e foi ai que o Sitio foi parar na Cultura, mas nós vamos deixar essa história para outro post.




                   

sábado, 6 de abril de 2019

Emília tira a Roupa! (e não coloca mais)


Calma,que nós não estamos fazendo uma matéria sobre a revista masculina da Reny, ou estamos? Na verdade, nós vamos fazer uma tour pelo universo da atriz que interpretou a boneca de pano por cinco anos, e o titulo faz alusão ao sumiço da atriz que um dia "tirou a roupa de Emília", e nunca mais colocou de novo

Até porque, as informações que temos é que Reny foi-se embora para o exterior dando adeus para nosso país de terceiro mundo.

Peço licença então aos admiradores e fãs da atriz que hoje é a mais memorável "Emilia do sítio antigo". (Assim chamam o Sítio da década de 70 a minha geração). Vamos lá?


Reny de Oliveira nasceu no dia 28 de dezembro de 1947 e iniciou sua carreira artística aos 14 anos, atuando em peças de teatro amadoras. Aos 17 anos, estreou no teatro profissional com a peça O Milagre de Anne Sullivan. Esse papel marcante abriu as portas para sua entrada na televisão, onde participou da novela A Última Testemunha (1968), produzida e exibida pela Record TV.

Após essa estreia, Reny atuou em mais oito novelas até chegar ao universo encantado de Monteiro Lobato, no papel da Marquesa de Rabicó. Sua trajetória no Sítio do Picapau Amarelo começou em 1978, substituindo Dirce Migliaccio como Emília, a boneca de pano mais famosa da literatura brasileira.

Reny estreou no papel no episódio Cupido Maluco. Sua caracterização trouxe mudanças notáveis: a peruca era maior e mais despenteada, e o sotaque da personagem estava em desenvolvimento, refletindo sua busca por uma identidade própria para Emília.


Reny como Emília no primeiro episódio em que atuou no Sítio.
Apesar de ter ficado por cinco anos no programa, Reny cansou de brincar de boneca e quis virar mulher. Em uma entrevista Reny disse que sentia ciúmes de Emília e que achava que a personagem estava lhe passando a perna, impedindo que seu lado mulher acorde, dizendo que como passa quase todo o tempo gravando como Emília, quando chega em casa acaba não tirando a boneca da cabeça, fazendo-a tomar atitudes não adulta. Conta Reny para uma revista na época. 

Mesmo com problemas diante do personagem, Reny nunca deixava de elogiar a bonequinha nas entrevistas, como por exemplo essa para a revista "Sétimo Céu" de 1979: " eu acho que a Emília é toda maravilhosa e o que mais me alegra e me deixa cheia de vaidade é a sua alegria, sua criatividade, sua vaidade e seu egoísmo. A Emília tem tudo isso, é uma menina ou uma boneca que tem tudo isso, criatividade, vaidade, alegria, egoísmo, ela é muito interesseira... Isso torna a minha carreira muito mais enriquecida e me deixa muito feliz".

Outro problema que Reny enfrentava com a personagem foi a maquiagem, que quem nos contou na época da saída de Reny como Emília foi a própria Dirce Migliacio: "Todos nós artistas retocamos a maquiagem, antes de enfrentas as câmeras de tevê, mas Reny, no início ela gostava de usar a maquiagem da Emília. Entretanto, assim que soube da agressão que a maquiagem estava fazendo a sua pele, ela se revoltou. Fiquei ao saber da sua saída, surpreendida. Eu soube que assim que as gravações terminam, ela corre até o lavatório e retira imediatamente. É uma pena ela sair." 



Para construir sua interpretação, Reny contou com a ajuda de Edi Cherri, uma das atrizes que interpretaram Narizinho ao lado de Lúcia Lambertini, a Emília da TV Tupi. Reny estudou os movimentos e trejeitos da personagem, mas afirmou em uma entrevista de 1979 que sua intenção era criar a Emília que existia dentro dela.

“Eu acho que a Emília é toda maravilhosa, e o que mais me alegra e me deixa cheia de vaidade é sua alegria, criatividade, vaidade e até seu egoísmo. Ela tem tudo isso, e isso enriquece minha carreira e me deixa muito feliz”, declarou à revista Sétimo Céu em 1979.

A atriz permaneceu no programa por cinco anos, mas com o tempo começou a sentir que o papel estava limitando sua identidade. Reny relatou que a rotina intensa de viver Emília, tanto nas gravações quanto fora delas, afetava sua vida pessoal. “Eu sentia ciúmes da Emília e achava que ela estava me impedindo de despertar meu lado mulher”, disse ela.

Uma Emília marcante

Reny rapidamente conquistou o público e deixou sua marca na história do programa. À revista Sétimo Céu, em 1979, ela falou sobre a complexidade e o fascínio da boneca:

“Eu acho que a Emília é toda maravilhosa. O que mais me alegra e me enche de vaidade é sua alegria, criatividade, vaidade e egoísmo. Ela é muito interesseira! Isso torna minha carreira mais rica e me deixa muito feliz.”

Apesar do sucesso, viver Emília trouxe desafios pessoais e profissionais. Reny se dedicava intensamente à personagem, gravando por horas caracterizada e, muitas vezes, levando trejeitos da boneca para a vida real. Essa imersão constante afetava sua percepção de si mesma.

“Eu sentia que a Emília estava me impedindo de despertar meu lado mulher”, confessou a atriz. A rotina exaustiva fazia com que ela sentisse ciúmes da boneca, acreditando que a personagem estava “passando a perna” em sua vida adulta.

Reny dando a bênção para Suzana que interpretaria Emília a partir de 1983. (Foto colorizada por Jônatas Holanda).

Os desafios da caracterização

Outro obstáculo foi a maquiagem pesada, essencial para dar vida à boneca. Segundo Dirce Migliaccio, Reny inicialmente gostava da transformação, mas, ao descobrir que o material estava prejudicando sua pele, começou a se revoltar.

Ela fazia questão de remover a maquiagem imediatamente após as gravações e até solicitou à Rede Globo que proibisse fotógrafos de registrá-la durante as filmagens em dado momento. Para se ter ideia, no dia anterior à gravação de um episódio, Reny precisava dormir com um óleo cheio de hidratante

A despedida do Sítio

Em 1982, após cinco anos no programa, Reny decidiu deixar o papel de Emília. Sua despedida seria no episódio “Aí Vem Tom Mix”, contudo, antes de sair, retornou para gravar o episódio especial "Reinações de Narizinho", que marcava a despedida de Daniele Rodrigues como Narizinho. Reny aceitou sob a condição de que suas cenas fossem reduzidas ao mínimo, embora tenha recriado a clássica sequência em que a boneca toma a pílula falante e ganha vida.

Reny de Oliveira, em uma de suas reflexões sobre o impacto de interpretar Emília, revelou o quanto a personagem influenciou sua vida pessoal:

“Eu me sentia sua irmã gêmea. E, como tenho uma irmã gêmea, Regina, senti a necessidade de viajar para os Estados Unidos, onde ela mora, acreditando que o contato com ela me faria bem. Emília era a boneca aceita, querida e desejada. Mas, no momento em que eu lavava o rosto, tudo mudava. A fantasia acabava, e a realidade era outra: a convivência com as pessoas era diferente. Emília me trouxe alegrias, mas também muita dor.”

A atriz também explicou que sua decisão de deixar o papel veio da necessidade de reafirmar sua identidade pessoal:

“Eu precisava mostrar meu rosto. Há, sim, um pouco de vaidade nisso. Mas a grande razão é que eu precisava mostrar que Reny também existe. Todos se habituaram a dar carinho à Emília e acabaram se esquecendo da Reny.”

Apesar de sua saída, Reny continuou sendo associada à personagem. A transformação como Emília era tão marcante que a atriz, sem a maquiagem e o figurino, muitas vezes não era reconhecida em eventos ou até mesmo na rua. Essa associação dificultou sua transição para novos papeis de destaque.

Reny de Oliveira precisou buscar ajuda de um grupo de análise tradicional para lidar com os desafios psicológicos que enfrentou ao interpretar Emília. Como parte do processo de reconexão consigo mesma, a atriz chegou a realizar uma despedida simbólica da personagem, marcando o fim de uma fase intensa e conflituosa de sua carreira.



carreira.

Em janeiro de 1984, Reny surpreendeu o público ao posar nua para a revista Playboy. Embora a decisão tenha causado surpresa em muitos, para a atriz, foi uma forma de libertação e reconquista de sua identidade.

“Durante cinco anos, representei um personagem que tinha uma espécie de vida própria. Posar nua foi tomar posse de mim mesma outra vez. Em vez de falar para as crianças, me senti criança de novo.”

Essa atitude foi mais do que um desabafo; foi uma reafirmação de sua existência como mulher e artista, distinta da boneca que marcou tanto sua trajetória.

Apesar de parecer inacreditável, ainda hoje muitas pessoas acreditam que Reny de Oliveira foi demitida pela Rede Globo por posar nua. Essa ideia equivocada foi endossada pela autora Socorro Acioli em seu livro Emília: uma biografia não autorizada da Marquesa de Rabicó. Contudo, a acusação é facilmente desmentida com uma simples pesquisa: Reny já havia deixado o programa muito antes de posar para a revista Playboy.

Outra polêmica gerada, desta vez por parte do público mais conservador, foi o folder de divulgação da revista, onde Reny aparecia usando a peruca da personagem Emília com a chamada provocativa: “Emília tirou a roupa”. A estratégia, obviamente, era um chamariz para aumentar as vendas da revista.

É importante contextualizar que, à época, posar para a Playboy era sinônimo de grande sucesso. Apenas figuras notórias ganhavam destaque na capa, e os ensaios eram realizados com um apelo artístico refinado, longe do sensacionalismo barato que muitas vezes se atribui ao tema.

Em 1986, Reny de Oliveira fez um breve retorno ao universo infantil ao interpretar Guanatuba, uma bruxa-fada e inimiga da apresentadora Simony, no programa A Nave da Fantasia. Apesar do novo papel, sua carreira no Brasil não teve a continuidade esperada, o que levou a atriz a tomar uma decisão definitiva.

Pouco tempo depois, Reny deixou o país e mudou-se para os Estados Unidos. Lá, casou-se com um empresário e adotou o sobrenome Burrows. Em uma entrevista ao jornal Caderno da TV em 1996, ela explicou sua decisão:

“Deixei o Brasil por achar que Emília havia cristalizado minha carreira. Depois de três anos sem receber convites para trabalhos, desisti.”

Sua última entrevista para a imprensa brasileira foi concedida por telefone ao Jornal do Brasil em 17 de agosto de 1996. Quando questionada sobre a possibilidade de retorno ao país, Reny respondeu de forma direta:

“Voltar ao Brasil, só se for para receber direitos autorais. Espero que eles estejam muito bem acumulados. Se fosse aqui (nos EUA), eu já estaria milionária.”

Atualmente, Reny de Oliveira reside no Canadá. Após se casar em 2004 com James Burrow, presidente de uma companhia de consultoria, e posteriormente divorciar-se, Reny seguiu uma nova trajetória profissional. Hoje, é professora de Yoga (Ashtanga) e administra o Shiatsu Therapy Center, onde aplica seus conhecimentos acadêmicos adquiridos em seu mestrado em Psicologia, concluído no Cambridge College.

O legado de Emília

Reny de Oliveira marcou época na teledramaturgia brasileira com sua interpretação única de Emília no Sítio do Picapau Amarelo. Durante o período em que atuou no programa, a produção viveu um momento de ouro, sendo reconhecida pela UNESCO como um dos melhores programas do mundo. Sobre sua relação com a personagem, Reny refletiu:

“Acabei abrindo mão de mim mesma. E foi por causa disto que desisti de vivê-la. De certa maneira, a Emília estava tomando meu lugar no mundo. Mas mesmo tendo consciência disto tudo, abandoná-la foi difícil e custou muito sofrimento. Porque também havia um lado bom. Nela, eu libertava meu lado infantil mais bonito. Podia viver a alegria, a leveza, a falta de medo e a coisa maravilhosa de poder ser irresponsável.”

Toda a dedicação e entrega de Reny de Oliveira à personagem Emília cobraram um preço alto. A atriz enfrentou problemas psicológicos que chegaram a impactar sua relação com o elenco do Sítio do Picapau Amarelo. Conflitos constantes com Rosana Garcia e mudanças repentinas de comportamento foram reflexos do esgotamento emocional vivido por Reny.

No entanto, é importante ressaltar: julgá-la por isso seria injusto. Reny deu corpo e alma ao papel, oferecendo um trabalho impecável e digno de aplausos. Infelizmente, a televisão brasileira não soube reconhecer e valorizar sua entrega, resultando na perda de uma atriz de grande talento que poderia ter brilhado em muitas superproduções.

Sua decisão de não se reconectar mais com a personagem e com o programa deve ser respeitada, e fica aqui o desejo de que Reny tenha muitas alegrias em sua vida.

Mas agora eu quero saber de você! Gostava de assistir a atriz como Emília? Qual sua lembrança mais marcante? Deixa aqui nos comentários e vamos estender essa conversa. 


Texto: Luís Herrera  (atualizado no dia 13/12/24)
Imagens: Arquivo Manchete/ Blog:Tudo Isso é TV/ Coloração Jônatas Holanda
Trechos de entrevistas retiradas da página: O Mundo Mágico de Lobato e Flogão 54gostodositio;